Resenha -Paul Veyne

EPISTEMOLOGIA DA HISTÓRIA

RESENHA 2:
Texto – VEYNE, Paul. O Inventário das Diferenças. São Paulo: Brasiliense, 1983.

O texto inicia afirmando a ligação entre a história e a sociologia, dizendo que aquela faz uso desta para se realizar. E o objeto da história são os fatos que só podem existir a partir das questões que nos propomos a formular, para tanto se faz necessário recorrer a conceitos e saberes das ciências morais e políticas, a sociologia. Por isso, para Veyne a formação de um historiador deve ser não só erudita, mas também sociológica.
Outro aspecto destacado e de grande importância diz respeito à questão das fontes, se em toda historiografia existe uma grande importância para questões que o historiador utiliza como guia de sua pesquisa, por outro lado existe a fonte, que se faz necessária. No entanto, segundo o autor se existe a pobreza de fontes existe sempre problemas que são possíveis de formular.
A conceituação de constantes pode ser um meio de facilitar a explicação dos acontecimentos, para ele a partir dos acontecimentos comuns podemos retirar o diferente, o particular de cada situação.O constante está no centro de toda prática científica, já que para Paul Veyne a ciência nada mais é do que a compreensão de constantes para assim identificar a diversidade dos fenômenos.Para o autor mesmo sem perceber o historiador se utiliza de constantes para realizar seu trabalho, a história comparada, é um exemplo claro dessa forma de trabalhar com constante, ainda que não foque nas semelhanças, para perceber as diferenças de determinados fatos históricos.Essa exigência de constantes nada mais é que um forma de constituir uma teoria que forneça a história seus conceitos e instrumentos de realização.O autor dá o exemplo do marxismo que se utiliza de uma constante, a luta de classes, para guiar sua forma de trabalhar, isso não quer dizer que seja imudável e que as lutas de classe sempre haverá. O que ele procura destacar é que “determinar as