Resenha Ouro negro
O Brasil da República velha, apresentava um contexto agrário e desigual. Com grande parte de sua população analfabeta, o país refletia a herança de uma sociedade hierarquizada. Na questão petrolífera, cabia assim, à parcela restrita de proprietários de terra ou empresários estrangeiros, a iniciativa de realizar estudos sobre a existência do chamado “ouro negro” nas terras brasileiras. A Segunda Revolução Industrial(1850-70), de certo, já introduzira o petróleo como principal matriz energética nos países desenvolvidos, e premeditara o impacto que esse produto provocaria em todo o planeta. A partir deste ponto, o petróleo se tornava o futuro na visão dos grandes empresários, o que intensificava a busca incessante por jazidas.
O petróleo era também, um dos fatores que impulsionava as políticas imperialistas das grandes potências europeias e dos EUA no início do século XX. A escassez em fontes de energia os obrigava a partir em busca deste recurso natural em outros continentes, principalmente, Ásia e África. O resultado foi uma partilha dessas áreas, e a formação de uma nova estrutura de colônias extremamente controladora, marcada por um controle social, cultural e econômico sobre as nações invadidas. A Primeira Guerra mundial se construiu como um reflexo deste imperialismo, e trouxe inovações até então inimagináveis, como o uso de submarinos movidos a diesel – derivado do petróleo.
No Brasil, a iniciativa estrangeira também teve uma grande influência no surgimento de um mercado petrolífero. Na verdade, a evolução nas pesquisas e estudos sobre a existência do “ouro negro” nas terras brasileiras, por parte