resenha os sertões
Euclides Rodrigues da Cunha, resenha crítica, Os Sertões. 21ª edição coleção prestígio. 2000 – Rio de Janeiro, Ediouro. 524 p.
Euclides da Cunha nasceu em 1866 e morreu em 1909 aos 43 anos. É autor de várias obras, (textos, artigos e livros) entre elas; Os Sertões: 1902; Em viagem: folhetim. O Democrata, 1884; A flor do cárcere. Revista da Família Acadêmica, 1887; Numa volta do passado, 1908; Amazônia. Revista Americana, 1909, e várias outras obras. Formou-se em Engenharia Civil, seguiu uma breve carreira militar e atuou também como jornalista, professor, geógrafo, historiador, romancista, poeta entre outros. É membro da Academia Brasileira de Letras.
Apesar de suas inúmeras e diversificadas atividades, foi como escritor que ele obteve notoriedade nacional e internacional na publicação de sua Magnum opus: Os Sertões. Cunha e Graça Aranha são os precursores do modernismo. São eles que iniciam o pré-modernismo com suas duas respectivas maiores obras. O livro foi publicado em 1902, causando grande polêmica na época. Sendo Cunha também jornalista, ele foi testemunha ocular do que acontecera em canudos, registrando várias atrocidades cometidas por parte tanto do exército brasileiro bem como dos fanáticos, pois era assim que chamavam os fiéis de Antonio Conselheiro (fanáticos). O autor utiliza uma linguagem erudita, rebuscada cheia de adjetivações tornando-o algumas vezes difícil e enfadonha a sua leitura. Euclides da Cunha relata a guerra ocorrida em Canudos em tom de denuncia, inconformado diante da realidade brasileira, sendo esta última uma das características do pré-modernismo. Cunha procura ser fiel aos fatos, mas sem deixar de criticar. Inclui no “simples” relato de uma guerra, aspectos sociológicos e geográficos, tudo que despertava interesse da sociedade intelectualizada naquela época não só no país, mas no mundo também. Foi um dos primeiros livros, talvez o