Resenha Os Cadernos de Tipografia
Cadernos de Tipografia - Paulo Heitlinger
Os Cadernos de Tipografia de Paulo Heitlinger trata desde a história do começo das primeiras imprensas até os mais variados tipos de tipografia e qual efeito causam. Por volta da metade do século XV, Gutenberg esculpiu as letras do alfabeto em relevo, formou caracteres em várias séries compondo assim as páginas de um livro. Esses moldes de letras eram postos contra uma página de metal e cobertas de tinta e depois era comprimida contra uma página branca. Permitindo assim fazer várias cópias idênticas e sem erros e após terminar era só retirar e reutilizar, sendo essa uma das maiores engenhocas e muito útil em relação ao trabalho que pouparia. Porém essa revolução deixou muitos copistas revoltados por terem seu trabalho substituído.
Desde os tempos em que a tradição oral dominava o convívio social dos seres humanos até o desenvolvimento dos sistemas de escrita, nunca tinha havido um salto tão grande na comunicação como esse. Junto com essa invenção veio à criação da impressa, que foi algo fundamental para tudo o que temos hoje em relação a comunicação. Os efeitos podem ser comparados aos da informática nos dias atuais, em dez anos cerca de 160 mil volumes de livros foram produzidos e o privilégio dos livros finalmente saiu das mãos da nobreza. E essa revolução foi também um grande incentivo para o grande florescimento da cultura do Renascimento na Europa.
Os métodos de trabalho voltaram a evoluir com a vinda da Revolução Industrial, a impressão passou da máquina cilíndrica até a rotativa, que consistia em uma pensa onde as imagens a serem impressas são curvadas em torno de um cilindro. E os métodos de composição ainda continuavam como os de Gutenberg.
Com a revolução industrial a produção de tipos cresceu de uma forma extremamente rápida. A literatura expandiu os conceitos de livre pensamento e de liberdade, inspirando diversos movimentos políticos. A produção de bens e serviços