Resenha - Natureza e sociedade como espaço de cidadania
Resenha
Resenhista: Bernardo de Lima Masiero
Neste livro, o prof. Ciro Marcondes Filho logo no começo diz que “Viver é estar comunicando, emitindo sinais, demonstrando participar do mundo” tentando explicar que a comunicação é um sistema inevitável na sociedade, mostrando que não há como não comunicar. Ao mesmo tempo, o autor diz que atualmente existe um trancamento na comunicação humana que muitas vezes não nos permite realizar uma comunicação em sua plenitude, pois “Esse trancamento em que nos encontramos hoje em dia é um pouco o resultado de uma época de convivência em massa de pessoas, de ninguém conhecer ninguém, de todos participarem de grandes metrópoles, onde, na melhor das hipóteses, apenas vemos as caras das outras pessoas [...]” Quando se trata de explicar o que de fato seria a comunicação, o autor inicia com uma visão mais centrada em uma atenção sobre o ser humano em si, e não sobre seus processos, abordando assim fatores exclusivamente de caráter humano. O exemplo de uma fator humano é a paixão, que se concentra na busca intensa pelo outro e na ideia de que duas pessoas possam entrar em uma sincronia que possa, em certos momentos, utilizar palavras para esclarecer importantes sentimentos ou decisões. Já pensando na comunicação como um processo, o autor diz que “ela (a comunicação) vem da criação de um ambiente comum em que os dois lados participam e extraem de sua participação algo novo, inesperado, que não estava em nenhum deles, e que altera o estatuto anterior de ambos, apesar de as diferenças individuais se manterem”, ou seja, o processo da comunicação é resultado da participação de dois indivíduos em uma interação de transferência de informações capaz de acrescentar algo à ambas as partes. Tal concepção permite que o autor, sem romantizar o processo, cite o quão relevante é a intencional aproximação entre as pessoas.
Em seguida na obra, é apresentada uma