Resenha Nancy Etcoff

Objeto de vários estudos, a Beleza captura corações, chama a atenção por onde quer que passe, desperta sensações, faz com que homens e mulheres se entreguem as tentações. Desde o início da humanidade estamos fadados a nos entregar a todas as sensações que ela desperta. A Beleza nos é apresentada por Nancy Etcoff como um artifício simbólico e supervalorizado pela sociedade contemporânea. Em sua obra, “A Lei do Mais Belo – A Ciência da Beleza”, Etcoff evidencia toda uma questão científica, além da influência da mídia através de padrões estéticos. Ainda no primeiro capítulo, Etcoff esclarece: “Este livro é uma investigação do que consideramos belo e por que – o que, em nossa natureza, nos torna suscetíveis à beleza, que qualidades na pessoa evocam essa reação e que sensibilidade para a beleza é ubíqua na natureza humana.” (ETCOFF, 1999, p.16).
Estamos numa sociedade obcecada pela beleza, onde as pessoas cometem atos extremos e até chegam a arriscar sua vida em nome dela. Investindo a maioria de seus recursos, como se sua vida dependesse disso. Segundo dados expostos pela autora em seu livro, (1999, p.14), “no Brasil, há mais mulheres vendendo Avon do que membros no Exército. Nos Estados Unidos, gasta-se mais dinheiro com a beleza do que com a educação ou serviços sociais”. Nunca, em outro período da história as pessoas estiveram tão preocupadas com estética. Beleza se torna a peça chave para o bem-estar social.
A autora destaca a ideia do desejo da beleza por parte de todos, tanto homens quanto mulheres. Ela evidencia a concepção aristotélica, de que a beleza é composta por partes proporcionais. Desse modo, Etcoff associa a beleza diretamente ao poder, ao consumo, a indústria e ao status. Com o passar do tempo, a beleza se tornou o maior referencial de nossa sociedade; pessoas bonitas possuem mais oportunidades de emprego, de amizade, de relacionamentos duradouros com pessoas igualmente bonitas e bem sucedidas. Assim caminhamos em busca da beleza. Porque a beleza