Resenha Modelo

A LUTA DA COMUNIDADE POMERANA POR SEU LUGAR

Marcelo Ribeiro

O objetivo principal deste trabalho é analisar o processo de reterritorialização da população pomerana situada na região de Pancas, Espírito Santo, Brasil, na busca por um novo território, analisando os fatores que possibilitaram essa reterritorialização, bem como os impactos causados pela transformação da área em Unidade de Conservação (UC).

Colatina-ES, 03 de outubro de 2013. SUZUKI,Júlio César, BORTOLETO, Elaine Mundin. Identidade e territorialidade da comunidade camponesa pomerana e a Unidade de Conversação dos pontões capixabas. OLAM- Ciência & tecnologia. Rio Claro-SP. n.1, AnoXI, v.11, ISSBM/1982-7784, p.121-146, jan-jun.2011.

“Identidade e territorialidade da comunidade camponesa pomerana e a unidade de conservação dos pontões capixabas”, do professor doutor Julio César Susuki e da doutoranda em Geografia Humana Elaine Mundim Bortoleto, traz um amplo relato sobre o drama vivido pela comunidade camponesa pomerana desde sua desterritorialização do extinto país, Pomerânia, à sua reterritorialização, na região de Pancas e Laginha, noroeste do Espírito Santo, que está sobre ameaça de desapropriação, para transformação em PARNA (Parque Nacional) desde o inicio da década passada.

Há anos a comunidade camponesa pomerana convive com o medo e a insegurança, gerada pelo fato de terem que deixar seu lugar de origem, onde eles estabeleceram relação de pertencimento, para desbravarem regiões totalmente diferentes da realidade comum a eles. No século XIX os pomeranos sofriam com o domínio feudal em que eram obrigados a dar quase tudo o que produziam aos senhores feudais, que em sua maioria eram de origem prussiana, país que dominou a Pomerânia nesse período. Com a transição para o sistema de produção capitalista, eles se viram perdidos, pois só dominavam as técnicas agrárias de produção, como não havia espaço para eles no campo da mecanização muitos começaram a emigrar para outros países.