Resenha (mini) - Aprendendo com Las Vegas, R.Venturi Scott Brown

Las Vegas complacente.
Aprendendo com Las Vegas é, certamente, um dos livros mais citados (e polêmicos) do período do pós segunda­guerra. Como citara Rubino, grandes críticos de arquitetura se prestaram a elaborar reflexões e desferir opiniões, ora favoráveis, ora severamente críticas à obra de Venturi, Scott Brown e Izenour (colaborador).
No mesmo período da publicação de Rossi, A Arquitetura da Cidade, Venturi, com seu Complexidade e Contradição em Arquitetura de 1966, dá suas contribuições para o questionamento da arquitetura moderna tão cara aos CIAMs.
Se, por um lado, Rossi bebe do pensamento de Ernesto Rogers e carrega o fardo da arquitetura clássica e das cidades italianas, por outro, Venturi ataca as soluções simplistas do urbanismo moderno levando na bagagem a crítica feita por
Jane Jacobs no bestseller Morte e vida das grandes cidades de 1961.
A resposta de Venturi ao movimento moderno, além do embate no âmbito literário/acadêmico, que foi a forma na qual se manifestaram grande parte das ações anti­modernas, também se notava em obras como Casa Vanna em que os ícones, referências históricas da arquitetura clássica e moderna, são tratados de forma rasa, bidimencional, e arranjados, ou melhor, como notou Sophia Silva, recebem um agenciamento pop.
A crítica do modernismo pós­segunda guerra, dos edifícios prismáticos mieseanos feitos lar pelas grandes corporações e o entendimento do
“comportamento” da cultura de massa se potencializam em Aprendendo com Las
Vegas. Venturi, Scott Brown e Izenour argumentavam que em, oposição à perseguição de ideais doutrinários, utópicos, abstratos, a arquitetura tinha de ser influenciada pelas paisagens urbanas populares e comerciais, neste caso cabe a palávra acessível.
Kelvin Lynch e Gordon Cullen (e estudos prévios de Scott Brown) já colocavam em questão estas paisagens. O próprio Lynch, em 1964, assina a publicação de The view from the road, que aborda a paisagem desde dentro dos automóveis com