Resenha michel thiollent. notas para o debate sobre pesquisa-ação
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Ciência Política
Gestão Pública
Aluna: Amanda Martins da Silva.
Disciplina: Metodologias Participativas
Professor: Carlos Roberto Horta.
Resenha do texto: THIOLLENT, Michel. Notas para o debate sobre pesquisa-ação. In: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1984.
Thiollent inicia o texto fazendo uma distinção entre pesquisa participante (PP) e pesquisa-ação (PA). Segundo ele, existem diversos tipos de pesquisa participante e de pesquisa-ação. Toda pesquisa-ação é uma pesquisa participante, mas o contrário nem sempre o é. As duas expressões não são sinônimas. O foco da pesquisa-ação é basicamente a questão do agir. Diferentemente da pesquisa participante, que enfatiza principalmente a observação do pesquisador, a pesquisa-ação é baseada na participação dos interessados na pesquisa, envolvidos em uma intervenção para alterar a situação investigada. “A PA faz parte de um projeto de ação social ou da resolução de problemas coletivos” (pg. 84). Os investigados precisam de informação para os dois casos. Na PA é necessário mínimo apoio do grupo estudado. Ela tem caráter emancipatório e é realizada em projetos de educação popular ou de comunicação social. Os pesquisadores buscam estudar e modificar as ações de grupos e pessoas em relação a determinados acontecimentos sociais. A concepção crítica da pesquisa-ação objetiva a conscientização sociopolítica dos grupos estudados. O ideal científico busca a diferenciação entre exigências científicas e aspectos valorativos. A investigação não é isenta de valores, até mesmo a seleção de métodos de pesquisa está ligada a concepções prévias, portanto, não é possível isentá-la totalmente desses aspectos. A pesquisa-ação está relacionada a uma interação mais direta, uma comunicação efetiva, cultural e social. Valoriza as ideias de estar ao lado das pessoas humildes, fazer os