Resenha metrópole, legislação e desigualdade
A autora começa o texto com um parâmetro histórico de como aconteceu o processo de urbanização brasileiro. O processo de urbanização brasileiro aconteceu em sua totalidade no século XX com varias marcas do passado brasileiro colonial e imperial. Essas marcas ainda persistem até os dias de hoje devido principalmente ao pensamento elitista e patrimonialista da elite brasileira que comanda os rumos do país desde sua independência. Os três eixos temáticos que dão nome ao texto se juntam ao meio ambiente e as influencias do capitalismo como grandes fatores determinantes para a construção das metrópoles brasileiras do final do século XX no formato que apresentam. O grande crescimento das metrópoles brasileiras começou a partir da década de 30, na era Vargas, com o incentivo a industrialização do país e com a regulamentação do trabalho urbano. Isso aumentou a atmosfera progressista e modernista (idealizadas pelos republicanos positivistas) em torno das cidades brasileiras. Essa atmosfera juntando-se as oportunidades de trabalho e de melhoria de vida (pelo menos no começo existiam essas oportunidades) criou um processo de migração e concentração populacional nas metrópoles brasileiras que povoou áreas ambientalmente importantes como mangues, encostas de morros e beira de rios, causando assim, destruição ambiental e degradação de fontes primárias necessitarias no próprio núcleo urbano. As áreas ocupadas de forma ilegal, caracterizando a favelização, ficam a margem da sociedade, excluídas da participação social, política e administrativa do centro urbano, criando assim condições para o aumento da pobreza da violência e da segregação espacial. Essas condições são conduzidas pelos poderosos que estão fincados em todas as esferas do poder controlando e gerindo a seu interesse os rumos do planejamento urbano brasileiro. A esse quadro cabe destacar o uso do poder político para a criação de leis que