Resenha - Mercado de capitais
O mundo encontra-se perplexo com o agravamento da crise financeira e econômica global, que vem provocando desconfiança e turbulências nos mercados mundiais. As crescentes intervenções na economia pelos governos dos países mais desenvolvidos, liderados pelos Estados Unidos (EUA), União Européia e Japão, numa ação concertada, aportando enormes volumes de recursos em bancos privados e no segmento industrial, revelam a dimensão da crise que está afetando a economia mundial.
Constata-se que atualmente diversos bancos centrais no mundo, com destaque para o Federal Reserve dos EUA e o Banco Central Europeu, estão colocando em prática medidas econômicas de intervenção na economia - que contrariam frontalmente a visão neoliberal - para evitar o colapso do sistema financeiro internacional. A estatização das duas maiores casas hipotecárias – Fannie Mae e Fred Mac - e a injeção de US$ 200 bilhões nas mesmas, e os elevados aportes de recursos para o setor automobilístico, entre outras, confirmam essa tendência. Na Europa diversos bancos foram estatizados, como os britânicos Northern Rock e o Bradford & Bingley, e o Fortis, nos países baixos, além dos empréstimos elevados para salvar bancos em dificuldades, como o alemão Hypo Real Estate.
Os indicadores econômicos e sociais divulgados no final de 2008 e no primeiro semestre de 2009, por diferentes instituições (OCDE, FMI, Banco Mundial, IBGE) revelam que quase todos os países estão sentindo os efeitos da atual crise financeira e econômica mundial, especialmente na deterioração do mercado de trabalho, apesar dos esforços feitos pelos governos para amenizar a desaceleração das suas economias. As projeções mais recentes feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI, abril 2009), por exemplo, sinaliza que o crescimento mundial será negativo em 2009.
O crescimento da economia mundial, com base nas projeções recentes dos organismos multilaterais, dependerá fortemente da capacidade dos governantes de promover a