Resenha Mal Estar da Civilização
Freud, Sigmund. Tradução de José Octávio de Aguiar Abreu. Rio de Janeiro, Editora Imago, 1974.
Bruna Simões de Medeiros
“Uma casta ou camada de uma população ou grupo racial -, que por sua vez se comporta como um indivíduo violento frente a outros grupamentos de pessoas mais numerosas”. (p.54)
Interessantíssima leitura desse autor, que embora tenha causado e ainda continue causando muita polêmica, tem muita coerência em seus textos. Por mais que às vezes eu não concorde com algumas colocações, mesmo sendo uma mera iniciante estudante no ramo da psicologia, confesso que cada vez mais que conheço suas obras e pensamentos, percebo o quanto o julgava erroneamente.
Análise e Reflexão
Para começar, seria interessante vermos o significado de Civilização, já que o texto fala da inserção e a busca do homem para viver inserido nela. Segundo o site significados.com.br, “Civilização é o conjunto de caracteres próprios da vida social, política, econômica e cultural de um país ou região. É o ato ou efeito de civilizar (se), ou seja, de tornar (se) civil, cortês, civilizado”. Este termo é muito usado por Freud e para ele é entendido como um processo, onde existem leis que são favorecidas para que o homem viva em comunidade, onde elas não serão violadas em prol de um indivíduo. E é neste contexto, que a leitura de descreve. Se formos estudar a história do desenvolvimento humano na sociedade, vamos perceber o quanto ela evoluiu, principalmente se tratando de avanços tecnológicos e científicos. E para o autor, essa evolução não favoreceu para que o homem se tornasse mais feliz e tivesse mais prazer. Fica claro na leitura que viver numa civilização não é estar em busca da felicidade, mas sim do afastamento do desprazer. Ou seja, para que o homem possa de desenvolver e sobreviver numa sociedade, ele é sacrificado pagando pelo preço da renúncia da satisfação dessas pulsões – onde Freud menciona que é a vida sexual e a