Resenha Livro
Capitulo 10
Tópico 3
Pags 220 à 223:
Pág 220
2° parágrafo : A execução da obra de arte concorda com o desejo da própria obra, assim como a obra quer viver da forma que nasce, a execução quer viver da própria vida da obra. A execução ao mesmo tempo que extrai vida da obra faz ela viver de maneira originária, a única forma da obra viver é por meio de sua execução, ou seja, a musica e a poesia não vivem apenas nas paginas impressas mas sim no complexo sonoro assim como uma pintura não vive sem um olho para olha-lá. O executor para realizar o desejo de sua obra, experimenta várias vezes sua execução e quando atinge o seu objetivo, ela é a própria obra.
3° parágrafo: Tem de se evitar cair no atualismo da constatação de que a obra vive de suas execuções identificando-se a cada momento com uma obra diferente. O fato da obra estar presente em sua execução trata se de nada além de uma identidade final. Falar que a obra necessita de execução não quer dizer que ela quer ser executada mas pede contas da forma de executá-la. A obra se entrega àquela execução que se identifica com aqueles que souberam colher a sua vida. Por exemplo, uma obra que vimos pela primeira vez através de sua execução, somos capazes de criar um juízo, ainda que rudimentar, acerca dessa obra. A obra é sua execução e ao mesmo tempo é juiz e norma dela. È possível julgar uma obra através de sua execução, porém a obra é norma da execução, portanto ela que nos oferece um critério de julgamento.
4° parágrafo: Para que o executor seja um mediador entre o conjunto obra/público é necessário que este obrigue a obra a revelar a vida com que ela nasceu ou seja, o modo que ela vive e quer continuar a viver sempre, é preciso executar as obras como o próprio autor as executariam, nada mais falso sendo que o próprio autor pode se enganar acerca de sua própria obra e ser um péssimo executor dela, é preciso ir além, entrar na oficina do artista, analisar a sua