Resenha- livro: serviço social identidade e alienação
Capitalismo industrial e polarização social
Há pelos menos três grandes vertentes para que possamos compreender o Capitalismo assegura Dobb, citado pela autora em seu livro (MARTINELLI, 2011, p.27), que seria: A primeira é a proposta pelo economista alemão Werner Sombart (1863-1941), que partindo de uma concepção idealista considera que o capitalismo, como forma econômica, é criação do “espirito capitalista”, o qual por sua vez constitui uma síntese de espirito empreendedor e racional. Assim, a gênese do capitalismo e seu aparecimento no cenário histórico devem ser tributados ao desenvolvimento de estados de espirito que, inspirando a vida de toda uma época, produziram formas e relações econômicas que caracterizam o sistema capitalista. (MARTINELLI, 2011, p.27) |
A segunda concepção é assegurada pela Escola Histórica Alemã, que entende que o capitalismo surgiu como uma forma de organização da produção, que move-se entre lucro e mercado.
A terceira vertente vem do pensamento de Karl Marx, o capital é entendido como “uma relação social e o capitalismo um determinado modo de produção, marcado não apenas pela troca monetária, mas essencialmente pela dominação do processo de produção pelo capital” (MARTINELLI, 2011, p.29). Com a dominação do processo de produção pelo capital acaba ocorrendo o predomínio da compra e da venda da força de trabalho, que torna-se como uma mercadoria qualquer. Isto acaba acontecendo pelo fato do capital favorecer apenas alguns indivíduos, a partir dessa divisão começa a aparecer classes com mais condições, já outras apenas podendo negociar a sua força de trabalhado, tornando-a como uma mercadoria.
Não é possível saber o momento certo do surgimento do capitalismo, porém, o que marca seu predomínio são as posses e o uso da propriedade privada, assim como os meios de produção e a exploração de uma classe sobre a outra. Consequentemente todas essas transformações que vão ocorrendo aos poucos