Resenha livro Até que ponto nos comunicamos - Ciro Marcondes Filho
688 palavras
3 páginas
Ao terminar de ler este livro, tenho sentimentos mistos sobre se gostei ou não do livro. O professor Ciro me parece uma pessoa que estudou muito sobre o assunto da comunicação, e seu livro não é para outro público a não ser os dos acadêmicos da comunicação social, mas ele me pareceu mais como um livro de história do pensamento social do que necessariamente – como o título sugere – um instigador dos objetivos e funcionalidades da comunicação. O livro inicia com uma introdução do já banal “passar de olhos” sobre a atualidade: as novas formas de comunicação como a internet, mediada pelos computadores e os novos jeitos que nós, seres humanos, encaramos a comunicação: ele ainda fala “Por isso, não se pode aceitar cegamente o que dizem as mensagens publicitárias, os jornais, a voz do povo quando falam que ‘hoje em dia nos comunicamos muito mais do que em outras épocas’. A intenção deste livro é defender a posição oposta, de que não nos comunicamos ou de que nos comunicamos, em verdade, muito pouco e em raras ocasiões...” e completa no próximo capítulo com um pouco sobre paixão e comunicação, e nos apresenta duas visões de outros estudiosos sobre essa dualidade. Nos capítulos seguintes, ele faz uma viagem na história, desde os filósofos romanos até pensadores atuais sobre a concepção do que cada um imagina ser a comunicação. Foi pra mim a parte mais interessante do livro: claro que não vamos lembrar cada um pelo nome, mas o interessante é pensar a evolução do pensamento sobre a comunicação e ver - se soubermos um pouco de história – como isso influenciou e também influencia nossa ideia de mundo. Nesta parte, a mostra do pensamento de outros estudiosos foi apenas isso: uma exposição do que já foi escrito. Gostaria que o professor argumentasse dentro de sua linha de raciocínio como ele concorda ou refuta cada uma das ideias de outrem. Em seu capítulo final esperava que por fim eu entendesse qual era sua finalidade, pois a proposta era muito clara, mas até então só