Resenha livro angustia
INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES.
COMUNICAÇÃO SOCIAL
KAMILA CRISTINA MELO DOS SANTOS - DIURNO 3 ° PERIODO
RESENHA DO LIVRO ANGUSTIA
MACEIÓ
01 DE OUTUBRO DE 2011
ANGÚSTIA CULPA E LIBERTAÇÃO
Angustia é o terceiro romance de Graciliano Ramos, lançado em 1936, pela editora José Olympio - RJ, recebeu o Prêmio Lima Barreto conferido pela Revista Acadêmica.
O romance Angústia apresenta um narrador em primeira pessoa, Luís da Silva, funcionário público de 35 anos. Homem solitário, atormentado por visões, perseguido por assombrações de seus credores, Dr. Gouveia, o locador, pelo homem da luz, pelo comerciante judeu, e por recordações de sua infância, vive obcecado pelo amor da vizinha Marina, e pelo ódio, ira e vingança ao seu adversário Julião Tavares.
A obra é um monólogo interior à qual, Luís mistura fragmentos de sua vida a fatos do passado e do presente. As recordações da infância são marcadas pela figura do pai Camilo Pereira da Silva, que passava a maior parte do tempo deitado na rede, fumando cigarro de palha e lendo Carlos Magno, dele adquiriu o gosto pela literatura. Pelo desmantelo do avô, Trajano Pereira de Aquino Cavalcante e Silva, fazendeiro, ex-dono de escravos, terminou sua vida esclerosado. Recordava da avó Germana, que havia morrido quando ele era ainda menino, da cozinheira Quitéria e da escrava Rosenda.
Angústia é um livro forte, e com uma narrativa psicológica densa. Publicado em 1936, Angústia, de Graciliano Ramos, um dos autores mais importantes do Modernismo, é um dos romances mais ricos que a Literatura Brasileira produziu, pois consegue passear tanto pelo campo social, quanto pelo existencial, psicológico e até metalinguístico.
Os fatos acontecem durante o primeiro governo de Vargas, pois o narrador faz referências aos crimes após a revolução de 1930. Predomina o tempo psicológico, pois o que prevalece durante a leitura é a ação interior, os pensamentos do