Resenha: Letramento e diversidade textual
Neste texto, a autora Roxane Rojo propõe uma análise sobre a educação, enfocando especificamente o ensino da Língua portuguesa no ambiente escolar e as interseções construtivas com o cotidiano dos alunos. Para tanto, ilustra a deficiência destes encontros ao citar a frase de Ziraldo que afirma que ler é melhor que estudar; reforçando que a escola e a própria sociedade inviabilizam a construção de leitores e produtores de texto. A autora atribui ao PCN um avanço em sentido contrário à esta realidade uma vez que corrobora com a idéia diz respeito justamente ao leitor e produtor de texto, tratando de gêneros de discurso, construção e reconstrução dos sentidos de texto de quem lê e/ou de quem produz; diferentemente da visão de um indivíduo que deva conhecer somente os códigos escritos, decifrando palavras, frases e etc.
No tópico “Práticas de uso e atividades de linguagem”, Rojo discorre sobre o deslocamento da visão do ensino da Língua Portuguesa: de análises da linguagem para uso da linguagem (linguagem oral e escrita); que levam em consideração os contextos, as demandas sociais, tendo a linguagem como mediadora. Em “textos (enunciados) e gêneros” ela ressalta a mudança o objeto de estudo em função do PCN: a do texto em si, exclusivamente, a também os gêneros; uma vez que os textos possuem delimitações correspondentes às suas características que o farão pertencer a algum gênero. A autora destaca sua importância classificando-os (gêneros) como formas históricas cristalizadas nas práticas sociais, fazendo a mediação entre a prática social e ela mesma e as atividades de linguagem dos indivíduos; e utiliza as proposições de Baktin, que apresenta três dimensões essenciais dos gêneros do discurso: o tema, a forma composicional e as marcas linguisticas. Ela retoma a importância da escola em instrumentalizar os alunos através da linguagem (escrita e oral), além dos procedimentos