Resenha Le goff
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Curso: História – 1ª fase
Profª: Ana Maria Veiga
Aluno(a): Gustavo Pamplona Scheidt
Referência bibliográfica da resenha: LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. In: ______. Memória e História. São Paulo: Ed. UNICAMP, 1992, p. 525-541.
Le Goff inicia o capítulos intitulado Documento/Monumento dizendo que a memória coletiva e sua forma científica (a história) são divididas em dois tipos de materiais: os documentos e os monumentos. Os monumentos são vistos segundo o autor como herança do passado e os documentos como escolha do historiador. Monumento é tudo aquilo que pode “evocar o passado”, tornar a recordação eterna de certa forma, como os são os atos escritos. Já o documento, que para os positivistas será o fundamento do fato histórico, apresenta-se em si mesmo como forma histórica. O termo monumento foi utilizado intensamente no século XIX referindo-se a grande coleção de documentos. Quando, a partir de um dado momento, decide-se tentar reunir os novos métodos da memória coletiva e da história com o intuito de se “provar cientificamente” o termo documento coloca-se em primeiro plano. Segundo o autor, o triunfo do documento se dá com a escola positivista. Houve ainda, sem alteração da concepção inicial de documento, uma ampliação de seu conceito. Ampliação esta que foi apenas uma etapa da explosão do documento a partir de 1960, levando a uma “revolução documental” revolução esta que é tanto quantitativa como qualitativa. Le Goff chama atenção também para o papel do computador em uma nova periodização da memória histórica. A crítica do documento tradicional foi, na verdade, uma busca pela autenticidade. Neste ponto Le Goff chama atenção para as primeiras lutas contra os falsos documentos e seus falsários. Cita uma crítica pelos fundadores dos Annales sobre a noção de documento, que propunham uma discussão do documento enquanto documento. A concepção de documento é