Resenha:KUHLMANN JR., M. Educação das Crianças Pobres.
KUHLMANN JR., M. Educação das Crianças Pobres. In: MONARCA, Carlos (org). Educação da Infância Brasileira 1875 – 1983. Campinas, SP: Editores Associados, 2001. p. 3-30 (Coleção Educação Contemporânea).
O texto O Jardim-de-Infância e a Educação das Crianças Pobres, de Moysés Kuhlmann Jr, pesquisador na fundação Carlos Chagas e professor na universidade de São Francisco / SP, faz parte do livro Educação da Infância Brasileira, organizado pela Coletânea Educação Contemporânea. Numa soma de 30 páginas, mescla de forma objetiva e através de uma linguagem bastante acessível o uso de teorias pedagógicas, o surgimento das instituições de ensino, experiências informais referentes à educação da infância no final do século XIX e início do século XX e sua propagação internacional. É dividido em quatro tópicos bem estruturados, com citações e vários autores que dão subsídios ao leitor reforçando ainda mais as ideias, tornando-se um ponto positivo já que assim os convence da legitimidade das mesmas. Kuhlmann inicia fazendo uma distinção entre instituições educacionais de alguns países. Ele retrata que nas grandes cidades europeias havia de um lado, estabelecimentos especiais destinados a receber os filhos dos operários, e de outro, os kindergarten (jardin-de-infância) para os filhos das famílias de classe alta. Fala sobre o sistema Froebel e faz uma crítica a posição de Souza B. Filho, discorda que as instituições para crianças tinha apenas um caráter assistencial, longe de qualquer ideia pedagógica. No primeiro tópico: As intenções pedagógicas das primeiras instituições de educação infantil, apresenta o objetivo das instituições de educação para as crianças de 0 a 6 anos de idade do continente europeu no final do século XVIII, a escola de tricotar, criada para atender as crianças de mães trabalhadoras pobres, alí a criança deveria perder os maus hábitos ; adquirir hábitos de obediência, sinceridade, bondade, ordem, etc.; conhecer as letras minúsculas;