Resenha - Kosseleck e o conceito de revolução
Departamento de História
História contemporânea 1 - 1º/ 2014
Resenha do texto, Critérios Históricos do conceito moderno de revolução, de Reinhart Koselleck
A discussão que Koselleck faz sobre o conceito de revolução entra no campo da historicidade e da semântica do termo. O autor traz as diversas formas de utilização do termo “revolução” em diversas situações e tempos históricos diferentes. Ou seja, o entendimento de revolução diferencia-se de acordo com o ambiente e com o tempo histórico de sua utilização. Sendo assim, a noção de revolução apresenta-se de maneira diferente no tempo por conta da historicidade aplicada a situação. Koselleck aborda também aas variações que o conceito de Revolução tem, e como esse conceito é utilizado em diversos campos do conhecimento. Até a Revolução Francesa, para Koselleck, as revoluções no campo do entendimento tinham uma noção de retorno, com um caráter que tende ao sentindo circular, que volta ao seu ponto de partida. Para exemplificar essa ideia o autor cita o caso da monarquia inglesa do século XVII, que depois de inúmeros embates entre monarquia e parlamento, há o retorno para a monarquia. É a partir da Revolução Francesa que o conceito de Revolução se rompe com a ideia de circularidade e se consolidada como a ideia que é transmitida hoje, nesse mesmo momento há uma quebra com as variações e a polissemia do conceito de Revolução e, partir daí, dá a Revolução um caráter singular, um sentindo único. Koselleck mostra no texto em questão, a importância da historicidade para a compreensão do tempo histórico. A partir do conceito de Revolução ele consegue exemplificar isso. Como este conceito foi evoluindo, ganhando novos sentidos até, por fim, ganhar o entendimento que se tem hoje, a partir da Revolução Francesa, que ao contrário das demais revoluções não se voltaram a para o princípio da circularidade, e consolidaram de vez.