Resenha José Murilo de Carvalho - Os Bestializados - Cap. 4 e 5
Capítulos 4 e 5 – Por Mariana Junqueira
O livro Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi, de José Murilo de Carvalho, reúne importantes informações históricas com relação aos acontecimentos no início da República no Brasil e no que se refere ao estudo da prática de cidadania entre o povo brasileiro nessa mesma época.
O autor divide o livro em cinco capítulos, fora a conclusão e a introdução, na qual José Murilo de Carvalho realiza um recorte sobre o que será abordado no livro, estabelecendo desde já a pergunta que pretende responder ao decorrer dos capítulos, que gira em torno de nos fazer entender o motivo pelo qual o povo brasileiro era considerado bestializado diante dos acontecimentos. Tendo seu objetivo voltado para o estudo do imaginário e da prática política desse povo.
Para este trabalho foram selecionados os capítulos 4 e 5.
No capítulo 4 – Cidadãos ativos: a Revolta da Vacina, o autor aborda questões que envolvem a participação eleitoral e a busca pelo reconhecimento do direito de um povo que não era ouvido. O capítulo se divide em três partes, A Revolta, Os revoltosos
Segundo o autor, a Revolta se deu de forma fragmentada, o que pode ser analisado como um reflexo da sociedade daquela época, que conforme relatado, não tinha em suas veias a tradição de organização e luta. No entanto, a partir do momento em que o povo se dava conta de que o governo extrapolara os limites, tanto com relação ao aumento de impostos, quanto com relação ao desrespeito moral, as reações afloravam.
Um bom exemplo para determinadas reações é o tema deste capítulo, a Revolta da Vacina como um novo tipo de manifestação popular, através da qual o povo saía em defesa do direito dos cidadãos, indo contra a arbitrariedade com que eram tratados pelo governo.
“Os cidadãos inativos pelo critério constitucional revelavam-se então não só profundamente atentos a aspectos do exercício do poder que lhes