Resenha Jornalística do livro "Se Me Deixam Falar"

Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Informação e Comunicação
Jornalismo & Sociedade – Prof.: Angelita

Resenha do livro “‘Se Me Deixam Falar...’ – Domitila / Depoimento de uma Mineira Boliviana”, de Moema Viezzer.
Por Nasser Najar Sobre a autora: Moema Viezzer nasceu em Caxias do Sul-RS, em 1938. É educadora, pesquisadora social, escritora e militante feminista. Publicou este livro em 1977 no México, aos 41 anos. Sua área de atuação e interesse é a situação que se encontra a mulher latino-americana. Trabalhou em projetos de antropologia social no Peru, México e Inglaterra. Recebeu indicação ao prêmio Nobel da paz em 2005. Sobre o livro: a primeira publicação foi no México em 1977, pela editora Siglo XXI com o título “Si Me Permitem Hablar...”. A primeira edição para o Brasil foi publicada em 1978 pela Global Editora. Atualmente o livro já está na 15ª edição. Contém 216 páginas. “Se me permitem falar...” é um relato pessoal de Domitila Barrios de Chungara, uma boliviana, mulher de um mineiro que vive na Siglo XX, um lugar de extração de estanho. O livro tem o formato de depoimento. Moema entrevista Domitila e publica de modo organizado suas respostas, estórias e experiências, portanto o livro não tem voz autoral. Precisamente falando, “Se me permitem falar...” é uma entrevista pingue-pongue, mas sem a publicação das perguntas, apensas as respostas. Para contextualização da história, a Bolívia é um país extremamente rico em recursos naturais, tais como minérios, gás e petróleo. Entretanto todas as empresas de extração eram do exterior. Acontece na Bolívia um golpe de estado e começa a nacionalização dessas empresas. Domitila viveu a vida toda em cidades mineiras e seus relatos contam a precariedade em que viviam e como eram explorados pelas empresas. Com a nacionalização cria-se a esperança que as condições do povo irão melhorar, mas nada disso acontece. O livro é divido em três partes: “Parte I – Seu Povo” –