Resenha Jean Segata Bruno Latour
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O presente trabalho analisado foi publicado na revista Ilha, de Florianópolis – SC, na edição de julho a dezembro de 2012. Trata-se de uma resenha do livro Reagregando o Social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede. (Edufba/Edusc, 2012), de Bruno Latour, realizada pelo pesquisador Jean Segata, enquanto este era bolsista CNPq de pós-doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina.Segata inicia a narrativa teórica apontando para discussões pós-estruturalistas que ganharam terreno dentro do debate antropológico, nessa linha situa Bruno Latour. O autor argumenta que algumas dessas discussões ficaram algo obscurecidas no Brasil devido ao que ele chama de “a virada de Geertz”. Contudo, recentemente tem sido trazidos questionamentos acerca de grandes paradigmas da disciplina antropológica, por exemplo: sociedade, cultura, natureza, etc. É mencionada também a abrangência da obra de Latour, que ganha um tom interdisciplinar por transitar livremente entre as áreas das humanidades, tais como Psicologia, Sociologia, a própria Antropologia, e assim por diante.
Dando prosseguimento sobre o Reagregando o social, Segata explica o esforço de Latour em tópicos, ou melhor, ele enumera cinco fontes de incerteza, das quais o autor do livro se utiliza para estudar a teoria do ator-rede. A primeira sugestão é a de que não existem grupos, somente formações deles. A intenção é desconstruir a posição do grupo dentro do debate como uma área e/ou objeto com suas linhas bem definidas. O autor busca na etimologia da palavra subsídios para sustentar sua tese.
A segunda fonte de incerteza consiste na ideia de que a ação é assumida. Segata relata que o autor trabalha com o termo ator-rede e indica que este não é um ente parado no jogo esperando o momento de agir – se assim fosse, seria um evento e não um ato. Nesse constante movimento o propósito do termo ator-rede é justamente deslocar a origem da ação.
Da discussão da segunda fonte de incerteza surge a terceira, os objetos também