RESENHA INTRODU O ANALISE DISCURSO
DISCURSO” CAPÍTULOS II e III
OLIVEIRA, James Martins.
CAPÍTULO II – SOBRE A NOÇÃO DE SUJEITO
A finalidade do presente trabalho é explicitar os principais traços teóricos da obra
Introdução à análise do discurso da autora Helena H. Nagamine Brandão; o estudo é abordado a partir de uma perspectiva crítica e analítica, direcionado as propostas da autora construídas no segundo e terceiro capítulos.
Brandão (2004) versa sobre as duas linhas seguidas na reflexão sobre a língua: na primeira tendência exposta, a língua tem o papel de simbolizar a realidade, nesse sentido, atribui a ela um valor significativo de representatividade, nessa concepção não há uma consideração de um valor subjetivo; a segunda linha é divergente a primeira, ao contemplar um funcionamento direcionado às estruturas da língua em sua aplicabilidade demonstrativa.
Em tal concepção, o sujeito assume um lugar distinto, sendo que é nesse momento que a linguagem passa a ocupar a posição de formadora da subjetividade.
A partir de tal ponto, a autora (2004) discute a compreensão de sujeito na concepção de Eni Orlandi, estruturadas em três fases distintas, de modo que a primeira trata das trocas entre o eu e o tu; a segunda aborda a tensão em que o tu regula o que o eu diz; a terceira fase representa compreender o sujeito em sua dispersão e diversidade. E é por meio dessas associações que distingue-se as marcas de um sujeito em sua incompletude, o qual busca a sua completude nas interações com o outro.
Fundamentados na proposta exposta pela autora, tal concepção torna-se divergente diante das concepções de Benveniste que reconhece o ego sendo o centro da enunciação, em que o eu e o tu protagonizam uma enunciação, identificados pelo traço da subjetividade, na qual o eu posiciona-se em pessoa subjetiva e tu em pessoa não-subjetiva; em tal ponto percebe-se a transcendência do ego sobre o tu, embora um necessita do outro para complementar-se. Brandão (2004) pressupõe que