Resenha: Intertextualidade (Revista "Em Questão")
O texto publicado na revista Em Questão apresenta ao leitor uma explanação sobre a intertextualidade e apresenta espécies de sinônimos para ela, como dialogismo e antropofagia, para os modernistas brasileiros.
A intertextualidade é uma referência ou incorporação de um elemento discursivo a outro que pode vir reverenciando, complementando ou elaborando nexo do texto ou imagem, como diz o autor.
O termo intertextualidade surgiu pela pesquisadora Julia Kristeva para explicar o dialogismo do teórico russo Mikhail Bakhtin, ou seja, os dois são variações que significam o diálogo entre duas ou mais vozes já que nenhum texto subexiste sem o outro.
Em primeiro lugar, a intertextualidade foi estudada no campo da literatura, porém pode-se também empregá-la a outras produções textuais, imagéticas e midiáticas e a ocorrência intertextual se dá por três processos: citação, alusão e estilização.
A citação confirma ou altera o sentido do discurso, a alusão reproduz a ideia central de algo já discursado e conhecido e a estilização reproduz elementos já existentes reestilizando-os.
Um bom exemplo desses três processos é a obra O Engenhoso Fidalgo de Dom Quixote de la Mancha, volumes I e II do autor Miguel de Cervantes (1605 – 1615), que usa eles para intertextualizar a obra com textos mitológicos, crenças populares, fatos históricos e livros de cavalarias e suas personagens fantásticas.
O dialogismo pode ser denominado como polifonia, ou seja, um diálogo entre várias e dele nasce a intertextualidade, que gera novos discursos, definindo-se como um diálogo de citações, um fenômeno atemporal, já que o Renascimento recitou a Idade Média, o Barroco releu o