Resenha Informar Não É Comunicar
Informação e comunicação no século XXI: questão de paz e de guerra
“Informar não é comunicar” (Editora Sulina, R$ 23,00, 96 páginas) do francês Dominique Wolton traz a ideia de que, como diz no título, informar não é a mesma coisa que comunicar, trazendo a tona a fantasia da comunicação direta, levando, também, em consideração as tecnologias que a acompanham.
Com uma linguagem de fácil compreensão, o livro trata do desafio de reconsiderar a comunicação quando há um número exagerado de informações (que muitas vezes não são compreendidas) no ápice das tecnologias. Isto é, a comunicação é rara e as informações são abundantes. A comunicação faz parte da vida dos seres humanos, pois existe o desejo de compartilhar, convencer e seduzir. Os receptores são os personagens desse diálogo e caso a informação passada não seja compreendida, não houve a comunicação, por isso, informar não é comunicar. Dessa maneira, se a informação passada é autêntica, a comunicação que existe ali será de compartilhamento. O livro, então, trata dos processos de relacionamento das pessoas, de uma sociedade de movimento, cada vez mais envolvida com as tecnologias que entopem o mundo de informações às vezes não entendidas.
Além disso, o autor faz uma crítica ao tecnicismo da comunicabilidade, isto é, ele critica a ideologia que atribui um poder excessivo às tecnologias da comunicação. Ele diz que é preciso pensar que os avanços técnicos não são proporcionais aos avanços da comunicação da sociedade, ou seja, sair da ideologia tecnicista. Wolton protege a teoria da comunicação, a tradição do pensamento crítico que tem intuito de manter as diferenças, como, por exemplo, a sociedade e os homens. O livro trata também da velocidade e do volume, que não são sinônimos de qualidade e pluralidade. Dominique Wolton pergunta-se qual a necessidade de tanta velocidade, já que a lentidão é o tempo da sociedade e a velocidade o tempo das inovações tecnológicas. Por fim, o