RESENHA: Iluminismo e os reis filósofos
O porquê do surgimento é algo complexo de se definir. Talvez, o excesso de tirania da oligarquia acumulada na idade média e no absolutismo despertou uma sensibilidade acerca dos problemas mundanos [Em alguns, que por meio de suas obras ou discursos disseminaram suas teses]. Era tempo da libertação do estado de senso comum, submissão e inconsciência da cidadania.
Observou-se uma tendência de criticar e refutar o passado, por meio da substituição da imagem dos reis nos baralhos [trocada pela imagem dos filósofos] e futuramente na Revolução Francesa [Uma consequência direta do iluminismo], a criação de um novo calendário aliada à execução do rei [símbolo do Antigo Regime].
A tendência baseou-se em uma supervalorização da ciência e, consequentemente, um distanciamento da Igreja Católica. Esse último fato não é unânime a todos os escritos iluministas, mas, a supremacia da razão sobre a fé é um conceito muito defendido; os filósofos iluministas não eram todos ateus, apenas queriam entender a fé de uma maneira mais racional de modo que encontrassem a verdade por trás do dogma.
Para Montesquieu, um grande pensador dessa época, as leis são mutáveis dependendo da realidade local, ou seja, não existem leis ideais, mas sim leis que mantenham o bem-estar do povo. É contra o despotismo, do poder concentrado nas mãos de um “caprichoso” e apoia uma monarquia aristocrática moderada, onde há divisão dos poderes.
Por ser um Barão tudo o encaminhava para rejeitar o iluminismo [que tem caracteres burgueses, contra os privilégios feudais], mas mesmo assim “abriu os olhos e a