resenha ilha das flores
Ilha das Flores é uma curta metragem do diretor e roteirista Jorge Alberto Furtado, (PoA -1959). Cursou medicina, psicologia, jornalismo e artes plásticas sem concluir nenhum dos cursos. Tem como principais obras: O dia em que Dorival encarou a guarda (1986), Barbosa (1988) e, principalmente, Ilha das Flores (1989), com os quais recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, inclusive no Festival de Berlim. Ilha das Flores é uma produção da casa de Cinema de Porto Alegre a qual Jorge Furtado foi fundador e faz parte até hoje, tendo como elenco principal Paulo José como narrador e Ciça Reckziegel como dona Anete.
Ganhador do prêmio de melhor filme de curta metragem no 17o Festival de Cinema de Gramado. Ganhou também como melhor roteiro, melhor montagem e mais quatro prêmios regionais em 1989, no mesmo ano em que foi lançado. Ilha das Flores relata o caminho percorrido pelos tomates, desde a plantação que é feita pelo senhor Suzuki e a venda ao supermercado, onde são comprados por Dona Anete com o lucro da venda de perfumes, para o consumo de sua família. Os tomates que ela julga não servirem para o consumo são descartados e levados para a Ilha das Flores, onde não há flores, apenas seres humanos e porcos diariamente convivendo e retirando dali o seu sustendo.
Na história relatada através de um simples tomate, o diretor aborda o tema de uma forma não clara e um pouco irônica o que nos faz refletir sobre a realidade esquecida de um mundo que nos rodeia. A narração faz comparações sobre momentos, ideias e coisas que não pararmos para pensar. Por intermédio de cenas rápidas e claras vividas no nosso dia a dia, que não são relevantes, Ilha das Flores, em 12 minutos consegue prender os expectadores à tela, nos trazendo a realidade de um mundo capitalista que só visa o lucro nas trocas de mercadorias por dinheiro, esquecendo do que é realmente humano.
De um modo geral, trata-se de uma curta metragem recomendável para adolescentes e adultos com