Resenha Homo Ludens
O intuito desta discussão é mostrar a contemporaneidade do jogo (em destaque o futebol) na prática, ritualização e sacratização, associado a outros eventos cotidianos.
1 .Resenha: HUIZINGA, Johan . Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura – Cap 1 Natureza e Significado do Jogo como Fenômeno Cultur al, Ed Perspectiva, SP, 2000, pg 1-30 (texto abaixo em verde)
RESENHA:
- mesmo em suas formas mais simples, o jogo é mais do que um fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico, ultrapassando limites biológicos e físicos.
- O simples fato de o jogo encerrar um sentido implica a presença de um elemento não material em sua própria essência.
- Algumas definições da função biológica do jogo: (a) descarga de energia vital superabundante, (b) instinto de imitação, (c) necessidade de distensão.
- Apesar dessas relações biológicas, a intensidade do jogo e seu poder de fascinação não podem ser exemplificados por análises biológicas.
- Se brincamos ou jogamos, e temos consciência disso, é porque somos mais do que simples seres racionais, pois o jogo é irracional.
- Encontramos o jogo na cultura, como um elemento dado existente antes da própria cultura, acompanhando-a e marcando-a desde as mais distantes origens até a civilização atual.
- no mito e no culto originam as grandes forças instintivas da vida civilizada: o direito e a ordem, o comércio e o lucro, a indústria e a arte, a poesia, a sabedoria e a ciência. Todas elas têm suas raízes no solo primeiro do jogo, pois tudo é jogo.
- há seriedade e não seriedade no jogo, e rir ou não rir está separado do jogo. O futebol é jogado com seriedade, mas não se ri a todo instante. O ato de rir é exclusivo dos homens, ao passo que a função significante do jogo é comum aos homens e animais. Ainda, temos o cômico, ligado à loucura, mesmo não existindo loucura no jogo.
- o jogo é função da vida, mas