Resenha: "Homens de grossa aventura: acumulação e hierarquia na praça do Rio de Janeiro"
O presente texto, de autoria de João Luís Ribeiro Fragoso, apresenta em sua discussão principal como seria a economia existente no período colonial. Utiliza-se em sua análise diversos autores que trabalhavam com o tema, como por exemplo, Fernando Novais, Celso Furtado, Jacob Gorender, Ciro Cardoso e principalmente Caio Prado Júnior e a sua obra Formação do Brasil Contemporâneo.
O autor João Luís Ribeiro Fragoso é especialista em História Econômica e faz pesquisas relacionadas ao Brasil Colônia, atualmente faz pesquisa na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nessa análise, Fragoso percebe que os autores que pesquisavam a economia colonial antes das décadas de 60, defendiam em seus trabalhos que o sistema econômico colonial, dependia exclusivamente da economia internacional e essa era apenas agroexportadora. Visto que qualquer que fosse a flutuação do mercado, a colônia seria afetada. Defendia que a produção feita na colônia era interna e de subsistência. Inicialmente aponta Fragoso, essa ideia de um “Antigo Sistema Colonial” parte da obra de Caio Prado Junior, é então seguida e reformulada por Celso Furtado e Fernando Novais. E somente na década de 70 que aparecem críticas ao que foi proposto por Caio Prado, essas críticas são feitas por Ciro Cardoso. Esse autor, de acordo com Fragoso, defende a tese de que existia nas Américas um modo de produção escravista-colonial. Ainda nesse embate sobre o modo de produção, parece em cena, na década de 70, Jacob Gorender. Este segue os passos de Ciro Cardoso, e afirma, diferentemente de Prado, Novais e Furtado, de que poderia haver acumulações no interior da formação colonial, ou seja, o excedente não ia para metrópole como acreditava seus antecessores. Fragoso traz principalmente em seu texto a ideia de que no Brasil colônia, não havia somente um modo de