Resenha hartog
HARTOG, F. Regime de Historicidade, disponível em: http://www.fflch.usp.br/dh/heros/excerpta/hartog/hartog.html, acessado em 25AGO2012.
François Hartog é um historiador francês especialista em historiografia antiga e moderna. Sua inovação na interpretação de textos antigos, nas suas pesquisas e em seus seminários, traz uma marcante contribuição para os estudos historiográficos, de modo que sua obra tem servido de base para muitos pesquisadores da França e de vários outros países, inclusive o Brasil. Em seu texto “Regime de Historicidade”, inicialmente cita Agostinho: “nos tempora sumus”, (nós somos o mundo) e a partir daí questiona se lança alguma luz reintroduzir a questão do tempo ou tratar o tempo como questão. E considerando as formas de tempo ou experiência temporal pertencentes a tradição do saber, ou seja, os modos por que se conectam presente, futuro e passado na escrita da história, abordando essas relações em três tópicos intitulados: Regime de Historicidade, Os momentos de questionamento de um regime de historicidade e Questionamentos e crise do regime moderno. No primeiro tópico, o autor propõem uma diferenciação entre regime e época, por entender que enquanto época seria apenas um corte no tempo linear, regime seria algo mais ativo, que organiza o passado como uma sequencia de estruturas, não marcando meramente o tempo de forma neutra, ou seja, do ponto de vista da escrita da história, era o tempo em que o topos da história como mestra de vida era plenamente válido. Os momentos de questionamento de um regime de historicidade, em seu segundo tópico, o historiador constata dois desses momentos. Observando primeiramente três exemplos, sendo um de questionamento claro da autoridade do passado, outro sobre o fracasso de se tentar provar a superioridade do presente a qualquer tempo anterior e termina com o uso extensivo de exemplos que foram selecionados justamente porque eles são