Resenha: hannah, arendt. entre o passado e o futuro
Curso: Ciências Sociais
Disciplina: Ciências Políticas II
Professor: Hermano Machado
Aluna: Rafaella de Melo Gomes
Resenha: HANNAH, Arendt. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972.
Arendt compreendia o político antes de tudo como resultado do amor ao mundo. Assim como via na ação a única forma de se fazer política neste mundo. O que move ou instiga o homem a tomar partido sobre os assuntos mundanos, é antes de tudo seu interesse pelo mundo, seu sentimento de responsabilidade e também sobre este. O que Arendt chama de “amor ao mundo”, conceito no qual se funda toda sua ética da responsabilidade dos seres humanos frente ao mundo no qual eles vivem. É na afirmação do amor pelo mundo e da responsabilidade sobre ele que se inscreve a contribuição de Hannah Arendt no pensamento político contemporâneo.
Resgatando a dignidade da “victa activa”, Arendt resgata também o valor da vida enquanto presença na terra. Imputando ao homem a responsabilidade pelo mundo, ela nos convida a voltar os olhos para as pequenas coisas. As marcas deixadas pela ação de uma pessoa no mundo fazem com que este mesmo deixe seu nome guardado pela posteridade, por ter contribuído de alguma forma para a melhoria da vida de seus cidadãos. E por causa de suas ações o homem é imortalizado pelas gerações sucessivas que reconhecem a importância, ou seja, o legado deixado pelas suas palavras, ações e obras.
A grande importância que o mundo antigo da à história, com sua tarefa de imortalizar o homem pelos seus feitos, é onde subjaz toda a importância da historiografia antiga, e sua razão de ser para a sociedade, sua forma de abordagem do passado e suas lições aos homens que a estudam. A Grécia homérica, ou seja, a intenção dos registros históricos