Resenha: Gênero na Sala de Aula
Hoje, no Brasil, temos na maior parte a presença feminina magistrando na educação básica. Diante dos dados da INESP de 2009, contamos com 91,2% de presença feminina nos primeiros anos do fundamental. O estágio inicial da criança na escola exige um cuidado especial do professor com o aluno, e isso não se refere diretamente ao sexo feminino/masculino, e sim no cuidado e atenção que estes devem exercer em suas aulas. Porém a falta do debate em sala de aula, e algumas atitudes dos educadores, causam bastantes desigualdades quanto ao assunto gênero.
A palavra gênero emprega diversas definições, podemos defini-lo como oposto e complementar de sexo, e também como a inclusão da percepção a respeito do que seja sexo dentro de um conceito socialmente elaborado de gênero. Sendo que, essa palavra tem sido cada vez mais utilizada para referir-se a construção social relacionada à distinção e hierarquia de masculino/feminino.
As mulheres foram beneficiadas ao longo da democratização do sistema educacional brasileiro, podemos ver essa diferença existente entre homens e mulheres que estão cursando os ensinos fundamentais, médio e superior. De acordo com os dados do MEC de 2006, em 2005, as mulheres representavam 54% dos alunos do ensino médio, e quase 58% dos concluintes. Sendo que, no ensino superior, a desigualdade aumenta para 62%.
Podemos analisar também, os índices de analfabetismo, de 7 a 14 anos: Os homens brancos ficam com 5,5%, enquanto as mulheres brancas da mesma faixa etária constam apenas com 3,7%. Já os homens negros ficam com 10,0% enquanto as mulheres negras ficam com 6,7%. Como é possível visualizar que o analfabetismo é maior em homens, tanto para brancos e negros. E, a partir dos seis anos de idade, desigualdades entre os sexos crescem ao longo do sistema educacional.
Sendo de sexo masculino ou feminino, continuam existindo problemas de acesso e permanência da escola, como as sucessivas repetências e o abandono.