Resenha filme A vida dos outros
Resenha Filme A vida dos Outros
A trama se passa no contexto histórico da Alemanha Oriental, o antigo estado formado pela parte mais a leste da atual Alemanha, antes da queda do muro de Berlim. A RDA (República Democrática Alemã), que existiu de 1949 a 1990, era um estado socialista, fundado nos mesmos moldes dos outros estados socialistas do leste europeu existentes à mesma época. A Glasnost ainda não havia surgido e população vivia sob o rígido controle da Stasi, a Polícia secreta da Alemanha comunista. Sua força de 100 mil funcionários e 200 mil informantes salvaguarda a ditadura do Proletariado, seu objetivo declarado era saber de tudo.
A polícia secreta investigava a vida dos moradores com o intuito de buscar informações que podia levá-la a descobrir novos conspiradores. Em suma, a polícia secreta mantinha uma política agressiva de espionagem sobre todo e qualquer cidadão passível de representar ameaça para o regime de partido único, como, por exemplo, um dos protagonistas do filme: o autor de teatro Dreyman, que é um escritor historicamente identificado com as ideias do partido porém atento aos destinos dos seus próximos.
Começa o drama, onde um oficial da Stasi sofre ao monitorar secretamente e 24h, a vida do escritor alemão que foi colocado sob investigação pela da polícia secreta em virtude um conflito pessoal com o Ministro da Cultura da Alemanha Oriental, Bruno Hempf. O ministro, grande membro do Partido nazista, se interessou por Christa- Maria Sieland, importante atriz em ascensão. Ela precisava ter acesso a remédios controlados que lhe ajudavam a atuar e, por isso, acabou cedendo sexualmente ao ministro que lhe dava acesso livre à droga. Entretanto, ela namorava o dramaturgo e atuava em uma peça de autoria dele.
Georg Dreyman é um dos poucos que ainda continua enviando textos para o outro lado, relatando e criticando o modo de governar daqueles que acreditavam fielmente no Socialismo. No seu círculo de amizades se