Resenha Filme Olhos Azuis
O quanto algum fenótipo que você não escolhe ou não controla diz sobre você? Peguemos qualquer característica natural, ou melhor, inata de um ser e faremos pré-julgamentos, preconceitos sobre elas.
Cientistas descobriram as ossadas de hominídeos mais antigos na África, continente quente, devido aos fortes raios solares recebidos em maior grau em lugares próximos à Linha do Equador, devido aos raios solares, os primeiros hominídeos tinham uma grande quantidade de melanina na pele, fator que os protegia do sol.
O mesmo hormônio que controla a melanina na pele, também influencia a cor dos olhos.
Quando os primeiros humanos começaram a migrar para o norte, era desnecessário uma quantidade alta de melanina, uma vez que suas peles não precisavam de tanta proteção contra os raios de sol. A cor dos olhos também se tornou mais clara, o que fez com que os olhos e (consequentemente) o cérebro não conseguissem se proteger completamente dos raios solares, o que resultou em um desenvolvimento neurológico subdesenvolvido em pessoas de olhos azuis.
Nos últimos parágrafos, é possível detectar os sinais de uma pseudociência nessa hipótese? E sobre o qual os negros são pessoas inferiores, preguiçosas, subdesenvolvidas, entre outros.
O “experimento” “Olhos Azuis” tem uma ideia básica, algo que já vem sendo feito há muito tempo, tratar mal uma etnia e julgá-la segundo uma característica inata, mas, e se essa característica pertencesse à classe opressora e não do oprimido?
E se pessoas de olhos azuis, consequentemente brancas, recebessem o mesmo tratamento, mesmo que por apenas duas horas, que pessoas negras nos EUA?
É isso que propõe o experimento documentado no filme “Olhos azuis”.
Planejo não falar do filme didaticamente (o qual tenho feito nos últimos parágrafos), mas sim propor uma reflexão (esta que não parte apenas de mim, já foi feita várias e várias vezes) sobre uma frase que foi dita por um dos participantes (negros) do experimento:
“Estresse é saber,