RESENHA FILME AMOR SEM ESCALAS
O personagem de George Clooney, Ryan Binghan, tem o emprego dos tempos atuais. Seu trabalho consiste em viajar pelos EUA demitindo pessoas de seus trabalhos. Geralmente o patrão não tem coragem de fazer isso ele mesmo e paga a firma onde Binghan trabalha. Nesses tempos de crise, você pode imaginar quanto trabalho ele está tendo. Claro que despedir pessoas está longe de ser o melhor emprego do mundo, mas ele está longe de estar insatisfeito com sua vida. A vida dele é essa rotina de trabalho. Aeroportos e hotéis o fazem se sentir em casa muito mais do que quando ele está em sua própria casa. Ele não tem casa, na verdade. Ele tem um endereço para correspondência. Assim como não tem escritório, tem um endereço onde seu chefe tem um escritório. A vida de Binghan, pessoal e profissional, está no céu. Entre um voo e outro. Além disso, ele aproveita a chance de poder viajar bastante para acumular milhas. Existe um número mágico que ele pretende alcançar (se ele demora a revelar, não sou eu que vou estragar a surpresa), o que o faria se tornar a sétima pessoa a conseguir. "Mais pessoas pisaram na lua.", ele diz. Seu estilo de vida é ameaçado com a chegada de Natalie Keener na empresa. Ela tem um planejamento de cortar as viagens dos agentes. Ao invés de viajarem, eles fariam a demissão através de um webcam, cortando os custos de viagem e hospedagem. Claro que Binghan se opõe. Não apenas pela iminência de mudar sua vida, mas também pelo tratamento que as pessoas vão receber. Ele tem uma "arte" no que faz serviço que não pode ser reproduzido pela câmera. Mas não apenas o serviço será implementado como ele terá que levar a novata para aprender mais sobre o trabalho. Clooney está perfeito em seu papel. Ele é aquele cara que você encontra, conhece, gosta e depois nunca mais o vê na vida. Talvez não vá nem se lembrar de seu nome. Ele é agradável em seu estilo "descartável", coisa que faz questão de ser. Ele próprio dá palestras