Resenha fama e anonimato - gay talese
A primeira parte do livro ilustra de forma quase literal o conceito de anonimato em uma cidade como a Nova York dos anos 60. Ele entrou no backstage da vida urbana da cidade e descobre coisas que normalmente não sairiam como matérias em jornais. Penetra nos detalhes da vida de quem não tem nome, descobre por exemplo que as faxineiras do Empire State Building encontravam cerca de 5 mil reais por ano nas milhares de salas dos prédios. Ou então que há um mergulhador ganhando a vida recuperando objetos perdidos no fundo de uma baía na cidade.
Gay Talese descreve um série de narrativas incomuns na primeira parte do livro, que nos fazem pensar “como é que ele conseguiu saber isso afinal?”. Pergunta repetida conforme o livro vai avançando. “Meu Deus, como é possível que ele tenha conseguido essa informação?”
A segunda parte do livro trata da construção de uma ponte, a Verrazano-Narron ligando Brooklin a Staten Island. Talesede forma leve tem a incrível capacidade de fazer o leitor interessar-se pelas histórias dos boomers, os construtores que se atraíam tanto pelas cidades que cresciam em “booms” que chegavam a passar meses longe de suas famílias para ficar nas construções até o fim; ou até pelas pessoas que tiveram seus terrenos desapropriados e forma obrigadas a deixar suas casas para a construção da ponte.
Na terceira parte do livro, Excursão Ao Interior Talese passa a falar da parte “fama” de seu livro. Traça perfis sublimes como o de Frank Sinatra, obtendo detalhes íntimos do cantor sem trocar uma só palavra com ele. Gay ainda fala sobre personalidades americanas da época como os boxeadores Floyd Patterson e Joe Louis.
Talese inspira com seu livro, todo e