Resenha: Estratégias de Diagnóstico e Avaliação Psicológica
Etimologicamente, “diagnóstico” remete ao discernimento, à faculdade de conhecer algo. Atualmente, empregamos a palavra “diagnóstico” na intenção de significá-la como um estudo aprofundado, realizado com o objetivo de conhecer determinado fenômeno ou realidade, através de um conjunto teórico, técnico e metodológico. Sendo um termo tradicionalmente usado na medicina, o psicodiagnóstico e avaliação psicológica feita por psicólogos por muito tempo sofreu influência deste modelo médico. A partir do modelo psicométrico, o qual manteve a preocupação de avaliar com objetividade e neutralidade, surge uma proposta de maior ênfase na identificação das diferenças individuais e orientações específicas, além de ter ampliado a área de atuação da Psicologia e consequentemente garantindo maior autonomia ao profissional psicólogo. A partir de então, os testes psicológicos enquanto material exclusivo de uso do psicólogo passou a ter um papel fundamental na formação e constituição da identidade profissional. Entretanto, atualmente, muitas críticas são dirigidas aos testes e formas de avaliação psicológica, usando geralmente o argumento de rótulo e falta de confiança nas técnicas. Entender de onde se originam essas críticas é primordial e é o que o artigo em questão nos propõe: a falta de fundamentação teórica, de respaldo científico e o mau uso dos testes possuem certa responsabilidade no que diz respeito ao ceticismo acerca destes. Apesar das medidas tomadas para dar maior cientificidade aos instrumentos, a desvalorização dos testes psicológicos nas práticas de avaliação continua a acontecer devido a falta de envolvimento de docentes e pesquisadores nessa discussão, e principalmente a forma como essas técnicas são ensinadas no meio acadêmico, vez que muitos professores continuam reproduzindo mecanicamente o ensino destas técnicas e testes sem propor um questionamento ou articulação dos instrumentos com as novas práticas e