Resenha Espreme Que Sai Sangue
Centro Universitário de Belo Horizonte – UniBH
Curso de Jornalismo – Projeto Experimental I
Professora: Adélia Barroso Fernandes
Alunas: Alessandra Pereira
A imprensa funciona como um neurótico obsessivo que mostra compulsivamente ações transgressoras que exigem punições, mas ao mesmo tempo supre as necessidades dos humanos por tais ações. Ela é o meio libertador das pulsões do indivíduo é a junção do imoral com o moral.O livro “Espreme que sai sangue: um estudo do sensacionalismo na imprensa” do autor Danilo Angrimani é o resultado de uma tese de doutorado realizada pelo autor que teve Marcondes Filho como orientador.
Danilo Agrimani procura mostrar porque a imprensa sensacionalista atrai tanto o grande público, o porquê do fascínio por manchetes sanguinárias. Para estudar esse fenômeno, ao longo dos capítulos o autor destrincha vários aspectos do sensacionalismo, e mostra o que está por trás da produção deste gênero jornalístico. Essa resenha destaca os capítulos 3 " "fait divers", e o 4 " Linguagem, da obra de Agrimani.
No capítulo três de seu livro o autor discorre sobre os "fait divers", este tipo de informação que, segundo ele, é um componente indissociável da imprensa sensacionalista. Na comunicação de massa atual, os fait divers podem ser identificados como as notas "escandalosas" que recheiam jornais de gênero sensacionalista. Eles se caracterizam por serem informações quentes e circunstanciais, mas que sempre possuem um toque de bizarrice. Acidentes espetaculares, suicídios, crimes macabros, são alguns dos exemplos citados no livro.
O autor defende que a mídia só transmite aquilo que o homem deseja ver. Entretanto discordo parcialmente dessa afirmação, que parece justificar a valorização das escolhas do id em detrimento do superego. Por que transmite a idéia que somente os apetites do id seriam relevantes, diferente da repressão do superego que seria incorreta. Mas deve-se lembrar que a personalidade de uma pessoa