Resenha escola dos annales
Burke, Peter. O Antigo Regime na Historiografia e seus críticos. In.: a Revolução Francesa da Historiografia. A escola dos Annales (1929-1989). Trad.: Nilo Adália. São Paulo: UNESP, 1991.
Ana Paula Costa de Carvalho*
José Nicodemos Alves Temóteo Júnior**
RESUMO: A presente resenha demonstra uma analise das principais características dos fundadores de uma nova história, com argumentos do historiador Peter Burke relatando as transformações ocorridas entre os grupos de historiadores. Para tanto um novo caminho cheios de desafios perante o movimento dos Annales. Tece discussões sobre a revolução de uma nova história.
PALAVRA – CHAVE: Nova história, Movimento dos Annales, Transformações, Revolução e Metodologia.
O texto a qual apresentamos a resenha é do livro: A Escola dos Annales de Peter Burke, levando-nos a entender a escrita da história. O livro ressalta quando nós aprofundarmos os estudos sobre “os rascunhos manuscritos de Marc Bloch ou as cartas não publicadas de Febvre e Braudel” é que se terá uma compreensão melhor definida sobre a história do movimento. Burke cita que “talvez seja preferível falar num movimento dos Annales, não numa escola” (Burke, 1991, p.12), por a palavra escola ser definida como um estabelecimento que se ministra ensino de ciências, letras ou artes como grupo fechado onde se busca a aprendizagem, Burke prefere chamar como movimento por ser uma palavra que busca transformações, mudanças e revoluções de determinado grupo. De acordo com Burke o Annales foi um movimento dividido em três fases: a primeira apresenta a guerra radical contra a história tradicional, a história política e a história dos eventos; na segunda, o movimento aproxima-se verdadeiramente de uma “escola”, com conceitos (estrutura e conjuntura) e novos métodos (história serial das mudanças na longa duração) dominada, prevalentemente, pela presença de Fernand Braudel (46-69); a terceira traz uma fase marcada pela fragmentação e por exercer grande