Resenha editorial agulha-revista cultura e texto "que crítica"
Maus tempos para a crítica, num mundo em que tudo se resume em ser prático, rápido e fácil, a crítica cultural sofre uma decadência gerada pela globalização, por críticos despreparados e descaso com o leitor.
No caso da literatura o seu fim seria marcado pela expansão do cinema, da televisão e da internet, o livro deixou de ser o principal meio de registro e transmissão simbólica, para tornar-se mero produto de prateleira que deve trazer lucro sempre, independente de sua qualidade.Assim as editoras limitam-se a publicar banalidades, best-sellers e livros de interesse geral, mas ainda há esperança do mercado editorial recuperar suas qualidades para recuperar o prestígio da crítica literária.
A banalização da crítica literária deve ser associada também aos jornais e revistas que negligenciaram esse setor, acreditando que não era de interesse do seu público alvo.Transformaram assim, páginas de resenhas em transcrições de releases, o que gerou o surgimento de revistas destinadas a um público mais “intelectualizado”.
Já a crítica sobre artes sofre com o estereotipo de que o crítico baseia-se em motivos pessoais para avaliar uma determinada obra, um crítico ruim seria um artista frustrado, tomado pelo sentimento de inveja, a fim de ganhar notoriedade, enquanto a crítica que contém elogios enfatizando principalmente a conduta do autor, sem basear-se na análise numa análise específica da obra, é considerada positiva.A história do autor é mais importante do que a história da linguagem de uma obra.
Os jornais acreditam que não cabe a eles discutir obras de artes, que este assunto seria árido demais para o público geral e que é melhor poupá-lo.
O crítico por sua vez, tem a obrigação de conhecer profundamente as artes, porque o leitor e o artista esperam que ele comente sobre as técnicas, as influências, o estilo e o sentimento do artista ao compor a obra.
A crítica