Resenha Edificil Master

RESENHA
“EDIFICIO MASTER”
O documentário Edifício Master (2002) foi dirigido no Brasil pelo cineasta Eduardo Coutinho e tem como núcleo e “objeto de estudo” um antigo e tradicional edifício situado em Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, o qual conta com uma média de 500 moradores. Digo “objeto de estudo” pois o documentário, de certa forma, acabou por realizar uma espécie de estudo urbano o qual permeia pela sociologia e antropologia. Temas como a solidão expressiva nos centros urbanos, que poderia ser vista por Simmel como uma característica da modernidade e sobretudo dos centros urbanos, a qual a presença de uma maior liberdade individual caminha lado-a-lado com uma maior impessoalidade, ou seja, com uma objetivação e instrumentalização das relações sociais. Essa, seria a chamada atitude blasè.

Na metrópole, as pessoas tem a tendência de se enclausurarem cada vez mais em suas casas com o objetivo de permanecerem seguras, entretanto, nesse processo, há um empobrecimento das relações inter-pessoais e de vizinhança. Nesse contexto, o documentário passa a mensagem de que esse individualismo é uma característica marcante das nossas sociedades, expressas no fato de que ali, naquele ambiente, existem várias pessoas com personalidades, passados, culturas e hábitos diferentes que de certa forma, espelham a nossa modernidade, ao passo em que apesar de ser um ambiente tão propício a convivência com diferentes elementos, o que reina é a individualidade. De modo geral, é realizado um passeio pelas diversas casas de moradores do Edifício, mostrando suas particularidades e a diversidade concentrada em um só lugar. O documentário transpassa por momentos que nos mostram a solidão de seus moradores até períodos de alegria, com cenas de aniversários, romances e etc, expondo a vida das pessoas de forma reflexiva, proporcionando a percepção do conflito existente entre a modernidade, a metrópole a indidualidade, num conflito com sua identidade. O documentário leva a