Resenha Economia

CARNEIRO, Ricardo. Globalização e Inconversibilidade Monetária. Campinas: IE/UNICAMP, 2006.

O artigo estudado explica a origem da inconversibilidade da moeda de países periféricos e suas conseqüências. De acordo com a pesquisa realizada pelo autor, a Inconversibilidade Monetária ocorre quando uma moeda de um determinado país não possui aceitação no âmbito internacional. Nessa situação, países periféricos cujas moedas não possuem relevância mundial acabam sendo obrigados a obedecer a uma rígida hierarquia monetária no plano internacional, gerando uma desterritorialização do dinheiro, o que acaba por fortalecer a moeda de alguns países e enfraquecer a de outros. Para alguns autores, para que uma moeda se torne líder no âmbito internacional é necessário que seu país de origem tenha estabilidade econômica, baixa inflação e risco pequeno de perda de capital. Desta forma, poderíamos dizer que o problema de enfraquecimento da moeda e, conseqüentemente, a inconversibilidade monetária, tem início no próprio país de origem do dinheiro, cuja economia local é fraca e irrelevante no cenário mundial. O autor pesquisado discorda da teoria apontada, pois, para ele, fica claro que não basta apenas organizar a micro e macro economia de um país para que sua moeda se torne a referência. Existem países que possuem economias extremamente fortes e moedas valorizadas, mas, no ato do fechamento de acordos financeiros internacionais, ocorre a dolarização de preços dos contratos negociados. Desta forma, pode-se dizer que as unidades monetárias internacionais obedecem a seguinte hierarquia:
1º. Dólar Americano;
2º. Moedas Conversíveis; e
3º. Moedas Inconversíveis. Pode-se afirmar que, no atual cenário mundial, um país, ao reestruturar sua economia, pode fazer com que sua moeda se torne conversível, mas, ela ainda estará subordinada a uma moeda mais forte, proveniente daquela que, pelo menos por enquanto, é a maior potência econômica da atualidade, os Estados Unidos. Ao interpretar o