Resenha, Ecletismo na Europa
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ECLETISMO NA EUROPA
Luciano Patetta descreve a prática do ecletismo na Europa no século XIX, enquanto arquiteto e professor de História da Arquitetura na Faculdade de Arquitetura da Politécnica de Milão. Reavaliar a crítica ao Ecletismo e estudá-lo com novos olhares, livrando-se dos preconceitos que o estilo moderno deixou sobre os revivalismo que o precederam tem sido uma atitude atual, que se justifica pelo interesse em preservação dos edifícios do século XIX e pela crise do urbanismo do movimento moderno que alimenta o interesse ao passado principalmente nas faculdades. Com a luz do distanciamento temporal, até as antíteses do pensamento neoclássico e o ecletismo, podem ser lidos de uma maneira única.
Esses revivalismos surgiram na procura por uma arquitetura nacional, o patriotismo era uma alavanca para a produção de edifícios de determinados estilos, na Itália expressava-se o neorromânico, na França o neorrenascentista e o neogótico na Inglaterra, porém esse grande período sofreu grandes manifestações, não foi homogêneo, por vezes até mesmo contraditório, ligada a inquietude intelectual da época, baseada na “estilização” e na simplificação de estilos arquitetônicos do passado, que com as facilidades das novas técnicas construtivas e novos materiais, continuavam a produzir os antigos elementos como se toda a arquitetura das diversas épocas estivesse a disposição da contemporaneidade para a sua irrestrita aplicação.
Enquanto alguns pensadores se indagavam sobre a necessidade da construção de um estilo para o século o próprio estilo já estava formado e operante esse era o Ecletismo, patrocinado pela burguesia que primava pelo conforto mas subestimava a produção artística considerando os diversos períodos como estilos de moda, essa clientela exigente, fez que surgissem as novas tecnologias sanitárias e a evolução das novas tipologias dedicadas ao lazer.
As edificações ecléticas que usavam dos diversos