Resenha dom quixote
Um clássico da literatura escrito há 400 anos em linguagem acessível. Pode parecer algo impossível de se encontrar nos dias de hoje, mas não é. Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, teve adaptação de Michael Harrison, publicada pela Editora Ática. Resultado: uma das obras-primas da literatura universal de todos os tempos reduzida a 120 páginas sem perder a qualidade, além de ainda conservar a inovação de Cervantes ao criar personagens comentando o próprio livro. É claro que o mais aconselhável é ir em busca de exemplares originais ou traduções desta obra, porém a falta de interesse dos novos leitores pode-se perder e talvez, até fazer com que a leitura de Dom Quixote caia no esquecimento. Então, nada melhor que lançar a isca ao peixe e assim, atiçar a vontade e o prazer da leitura, iniciando-os no longo e fabuloso caminho da fantasia por meio desta simples e empolgante adaptação. Em Dom Quixote há um fidalgo admirador das histórias de cavalaria que após tanto ler sobre os feitos dos cavaleiros medievais, ele decide se tornar um cavaleiro andante e viver sua própria história como herói, apesar de estar no século XVI. "O tio de Maria vivia numa aldeia de um canto empoeirado da Espanha. Era um homem ossudo, de uns cinqüenta anos, o tipo de fidalgo às antigas que ornamenta sua biblioteca com uma lança enferrujada e um escudo bichado, artefatos que o ajudam a viver no passado. Ele não era casado, naturalmente, mas acolhera a sobrinha em sua casa. Esta era uma moça sensível, e tinha seus dezoito anos. Uma velha ama dispensava aos dois cuidados de mãe. Os amigos que o fidalgo tinha na cidade eram as duas únicas pessoas instruídas: Tomás, o padre, e Nicolau, o barbeiro". No entanto, o nobre senhor queria mais da vida, apesar de estar numa idade um tanto que avançada. Antes de sair em busca de aventuras medievais, ele ajeita sua armadura que fica perfeitamente pronta (em sucata e papelão) e o poderoso