Resenha - Documentário Preto no Branco

Preto no branco: nem tudo é o que parece é um documentário surgido da parceria do Conselho Federal de Psicologia e o canal Futura que, pode-se dizer, tem como principal ponto a pergunta: Existe democracia racial no Brasil? E para buscar algumas respostas, ou opiniões, acerca deste questionamento, tem-se como fonte de informações a opinião das pessoas. Isso torna a pesquisa muito mais “íntima”, pois não busca apenas fatos históricos como subsídio para tal, mas vai mais além quando se tem o contato com pessoas que vivem isso o seu dia-a-dia e mostra que mesmo após todos esses ao o preconceito racial ainda é algo muito forte.
Desde a abolição da escravatura até os tempos mais modernos com leis que “asseguram” igualdade a todos, ainda se vê muito o preconceito na sociedade. Houve uma pessoa do documentário que disse não se sentir a vontade, pois vive em um país onde as pessoas negras, que fazem parte da construção desse país, não são bem aceitas. O Brasil não só é um país preconceituoso como também, pode-se dizer que joga esse preconceito para debaixo do tapete. É raro alguém admitir que tenha preconceito e isso é mostrado na filmagem de forma estatística: 90% das pessoas dizem que existe preconceito, mas apenas 10% admitem ser preconceituosos. É controverso dizer que existe preconceito no Brasil sendo que o suposto índice de pessoas que são estão representadas por um número tão pequeno.
É triste saber que o preconceito está tão impregnado na sociedade que algumas atitudes - chamar de negão, preto, macaco etc. - deveriam ser vistas como uma ofensa racial, são consideradas brincadeiras e que as vezes até ofendem as pessoas, mas as mesmas ficam reprimidas e sem ação. Em outros casos também pode gerar violência, onde, a pessoa que se sente ofendida pode recorrer à agressão verbal ou até mesmo física. Um dos entrevistados, que ocupa um cargo importante, diz que era conhecido pela voz e pelo nome, que aparentemente tinha descendência estrangeira, e que, em