Resenha documentário Notícias de uma guerra particular
Atualmente, o Rio de Janeiro enfrenta uma guerra civil não declarada entre o Estado, este representado pela polícia, e traficante. Entre ambos está o cidadão/morador da favela que frequentemente sofre de modo direto as consequências desta guerra. Nessa perspectiva, o tráfico de drogas é responsável pelo aumento vertiginoso do número de homicídios na capital – dados tirados da polícia civil/RJ.
Segundo os policiais que representam “a polícia” no filme, esta guerra está longe do fim. A repressão promovida de modo camuflada por parte do Estado para com o lado marginalizado é de certo conveniente. Não haveria outro modo se não a repressão para manter as favelas sob controle. Ao contrário do que muitos pensam os traficantes não querem tomar o lugar do governo – este está quase que ausente nas periferias – pois segundo relatos, muitos entram no tráfico devido à falta de oportunidade e por desejos motivados pelo consumismo capitalista e a sua política excludente.
A polícia conta com equipes e policiais altamente especializados no combate ao tráfico, no entanto, como ficou explícito no filme, a guerra atinge dos fardados aos marginalizados. Não adianta a polícia subir a favela todos os dias, apreender armas e drogas, tirar marginais de circulação, pois é cada vez mais frequente o ingresso de jovens e até mesmo crianças no movimento que esperam a sua vez para fazer parte dessa “empresa ilegal”. Segundo pesquisas, o tráfico de drogas no Rio de Janeiro “emprega cerca de cem mil pessoas e movimenta cerca de 1 trilhão de reais por semana. É imprescindível que o governo acelere