Resenha do texto um mapa de alternativa de produção de boaventura santo
O texto Um mapa de alternativas de produção, da autoria de Boaventura Sousa Santos, é um dos capítulos do livro Produzir para viver: os caminhos da produção não capitalista, editado pela Civilização Brasileira em 2002. Versa sobre as formas cooperativas de produção, com foco na tradição cooperativa, no associativismo e no socialismo. Apresenta o complexo cooperativo de Mondragón na Espanha, como um modelo de economia cooperativa. Discorre sobre as economias populares e sobre o desenvolvimento alternativo na periferia e na semiperiferia, discutindo, nesse contexto, as propostas de desenvolvimento alternativo e sua contribuição na introdução de temas centrais da questão ambiental nos fóruns e tratados internacionais.
Santos (2002) faz uma análise crítica a forma como as organizações, movimentos e comunidades resistem à preeminência do capitalismo e aderem a alternativas econômicas fundadas em princípios não capitalistas. A partir de diferentes ângulos e de experiências diversas, o autor pondera as iniciativas escolhidas para realizar uma avaliação sobre o grau de potencialidade dessas ações, analisando até que ponto se constituem como alternativas econômicas emancipatórias. No entanto, deixa claro que a sua itensão não é diminuir o potencial dessas escolhas, e sim fortalecer essas alternativas, numa perspectiva que interpreta de uma maneira abrangente a forma como reagem às inevitáveis crises.
O autor afirma que o pensamento e a prática cooperativista não continuem algo púbere. Em 1896, surgiram na Inglaterra, as primeiras iniciativas, em reação a “pauperização” (SANTOS, 2002), provocada pelo imperialismo do capitalismo industrial. Na França (1833), as teorias associativistas de Charles Fourier e de Pierre Proudhon inspiraram o estabelecimento das primeiras cooperativas de trabalhadores. Em protesto contra as condições desumanas de trabalho nas indústrias, os