Resenha do texto "miopia em marketing", de theodore levitt
No texto "Miopia em Marketing", Theodore Levitt informa o perigo que correm as empresas que são voltadas para o produto, mantendo uma relação romântica com eles, ao invés de se orientarem para o mercado, para seus clientes.
A ideia central do texto é informar o risco que correm as empresas que buscam orientar sua produção em torno de seu próprio produto, buscando torná-lo o melhor entre todos e concentrando seus esforços em vender, "empurrar" a produção para o mercado, ao invés de compreender as reais necessidades deste mercado, através da correta prática do marketing.
O autor deixa claro que em todos os casos em que o crescimento das empresas é ameaçado, desacelerado ou estagnado, a culpa não vem de uma possível saturação do mercado, mas sim por consequência de uma falha da administração. Uma administração pode ser falha por diversos motivos, entretanto, o que se refere Levitt é a administração que falha por não conhecer como deveria o seu negócio de forma a não perceber que o seu foco deveria estar na satisfação das necessidades dos clientes, o que configuraria uma filosofia de orientação para o cliente e não para o produto.
Levitt, argumenta esta ideia utilizando exemplos como o das ferrovias e da indústria cinematográfica de início, dizendo que o declínio das mesmas não se deu pelo fato de outros segmentos terem tirado delas os clientes, mas justamente pelo fato delas não terem atentado a tempo para o que poderia chegar e ser mais útil para esta clientela.
Para Levitt, a orientação voltada ao produto é a causa do declínio de muitas indústrias e nestes casos pode-se verificar um padrão de comportamento, o qual ele chama de "ciclo auto-ilusório", que é determinado por quatro condições, que é a crença de que o crescimento é assegurado por uma população em expansão, a crença de que não existe um substituto competitivo para o principal produto da empresa, o excesso de fé na produção