Resenha do livro o queijo e os vermes

Ginzburg é um historiador italiano, nascido no ano de 1939, tendo lecionado em Escolas como Harvard e Princeton, torna-se mundialmente conhecido devido ao trabalho que essa resenha visa analisar: o livro “O queijos e os Vermes”. Publicado em 1976, chegou ao Brasil no ano de 1987, com tradução de Maria Betânia Amoroso e publicação da editora Companhia das Letras.
O Queijo e os Vermes narra a história de Domenico Sandella, um moleiro perseguido pela inquisição devido às suas ideias que desafiavam a Igreja católica. A obra se passa durante o século XVI na cidade de Friulli, na Itália. Domenico era também conhecido como Menocchio, um homem letrado e questionador, sendo esse um dos principais motivos que o levaram a ser perseguido e assassinado pela Inquisição. O personagem principal da obra traz a tona um fator importante: A prova de que os ares da Reforma Protestante não atingiram apenas os altos estamentos da sociedade europeia. Domenico já havia sido perseguido uma vez pela Inquisição, devido à falas públicas consideradas heréticas pela Igreja e que mexiam com a imagem sobre a ideia de Cristo. Para ele, Cristo não teria morrido para limpar a humanidade de nenhum pecado por ela cometido, sendo a penitência a única possibilidade de redenção dos pecados humanos.
Denunciado pelo padre da paróquia local, Menocchio propunha questões como o início do mundo comparado a um leite no processo de transformação em queijo sendo Deus e os anjos como os vermes que ali cresciam. Para ele, o início do mundo, dos anjos, de Deus e seu conhecimento havia se dado por meio do caos, questionando ainda a possibilidade da criação do mundo ser sido feita única e exclusivamente por deus sem ajuda alguma, acreditando Menocchio que os anjos ajudaram na construção do que o ser humano entendia enquanto mundo. Menocchio defendia ainda que todos os rituais da Igreja Católica eram fictícios e inventados pelo homem, como o inferno ou a visão do céu como algo tranquilo, a seu ver o céu era